Stress a nova doença do século XXI. O ritmo frenético da sociedade em que vivemos, leva a que as pessoas estejam submetidas a estilos de vida frenéticos, fatigantes e altamente desequilíbradores, o que faz com que estejamos cada vez mais sujeitos a agressões (externas e internas) que desregulam e envelhecem o nosso organismo e levam ao desenvolvimento de múltiplas patologias que advêm precisamente do “transtorno e desregulação” em que o organismo vive. Existem dois tipos de stress a ter em conta:
As causas de stress são múltiplas – assédio moral, problemas financeiros, problemas com relacionamentos, cobranças, prazos, separação, perda de parentes – fatores que vão promover distúrbios hormonais levando a um excesso de libertação da principal hormona associada ao stress: o cortisol, pela glândula suprarrenal e que é responsável por promover um ambiente inflamatório e catabólico no organismo. Isto interfere no sono, na compulsão por doces e salgados, hidratos de carbono e na energia do dia, com fadiga, cansaço (letárgico no dia e de noite desperta e fica aceso, perdendo o sono e repetindo o ciclo). Metabolicamente quando o stress é crónico, os níveis de cortisol, hormona associada ao stress, deixam de ser elevados de forma pontual, como no stress agudo, para serem continuamente altos. Isto traz uma série de reações como:
Sem ela, a nível de hipófise, não há conversão de melatonina – indutor do sono – que perde a qualidade. O sistema imune também sobre com isso podendo desencadear ou até mesmo agravar doenças autoimunes. Este quadro de desequilíbrios hormonais gera um aumento na fome e do desejo de comer alimentos a base de hidratos de carbono. Sem o sono profundo e reparador não libertamos satisfatoriamente a leptina, hormona que induz a saciedade. Daí procuramos por uma sensação de bem-estar e conforto que está em falta, fazendo com que as conhecidas compulsões por doces apareçam. No mesmo cenário, também fica comprometida a libertação da hormona GH – importante para a produção de colagénio, ganho de massa muscular e óssea -. Além disso, há uma interferência na esteroide génese e queda na produção das hormonas sexuais, baixando a libido, vigor e energia entre outros sintomas. ⠀⠀⠀⠀ Photo by energepic.com from Pexels
É importante prestar atenção em toda a situação de stress crónico, porque pode gerar um transtorno psicossomático devido a instabilidade emocional. Afinal, é normal sentir raiva, deceções e tristeza. Isso faz parte da vida. O que não é normal é quando o stress deixa de ser algo de “momento” e passa a ser algo fixo, durando semanas, meses e até anos. O stress não irá desenvolver uma doença da noite para o dia, mas com o tempo, o nosso organismo pode ficar debilitado e acabar gerando uma série de problemas. O stress tem impacto no organismo nomeadamente nos sistemas cardiovascular, neurológico e imunológico. O stress leva também a uma diminuição da imunidade, alteração da função sexual e reprodutora, problema de memória e disfunção/qualidade do sono. O sistema imunológico é afetado pelo aumento do cortisol. Isso pode fazer com que o nosso corpo fique menos capaz de controlar corretamente as inflamações, abrindo espaço para que as doenças se manifestem. Reduz a mobilização de leucócitos circulantes por inibição da produção, e ligação, de moléculas de adesão aos recetores; diminui a atividade fagocitária e bactericida dos neutrófilos, embora aumente a fração destas células em circulação, por estimulação da sua libertação a partir da medula óssea. Diminui também o número de linfócitos circulantes, particularmente os T auxiliares, envolvidos na resposta a substâncias estranhas, e diminui, igualmente, a sua função. Toda a imunidade mediada por células está deprimida. O mecanismo de depressão desta resposta é complexo, mas inclui uma redução na produção de mediadores intercelulares que ativam o sistema imunitário e o bloqueio da progressão no ciclo celular das células envolvidas. Há, inclusive, estudos que mostram tanto que o stress crónico pode alterar a resposta imune à vacina do vírus influenza em adultos como, ainda, que a negatividade pode ser, inclusive, contagiosa! Outros efeitos nefastos do excesso do cortisol no nosso organismo ocorrem no tecido muscular, tecido ósseo, tecido conjuntivo, sistema vascular, rins e sistema nervoso central. Conclusão O stress crónico tem um impacto negativo no nosso bem-estar. É fundamental tomar medidas de forma a tentar recuperar o mais rapidamente possível, o que significa:
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AutorOs autores deste blog são os profissionais da Active Life. Histórico
Fevereiro 2021
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